K'CIO ALMEIDA
"...nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar." W. Shakespeare
segunda-feira, 2 de julho de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI
Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação. No mês passado esteve em Curitiba para uma palestra promovida pela Faculdade Opet, e conversou com o Nota 10.
O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?
Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.
Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?
Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?
Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).
Qual a sua opinião sobre o internetês?
Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.
O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?
Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.
Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?
É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
As Sereias da Educação
O texto: As sereias do ensino eletrônico, de Paulo Blikstein. O autor afirma que as novas tecnologias têm um grande potencial para trazer grandes mudanças à educação. Ele propõe a utilização das tecnologias como matéria-prima de construção e não só como mídia de transmissão de informações. A tecnologia tem grande contribuição na educação, desde a elevação da auto-estima das crianças e adultos, melhorar a vida das pessoas estimulando a criatividade. Uma educação centrada no aluno. As mídias digitais oferecem um infinito espaço para experimentações.
sábado, 30 de abril de 2011
RELATOS DE EXPERIENCIAS
A experiência de trabalhar e desenvolver projetos no ambiente escolar nos permite a vivencia pratica de teorias antes inalcançáveis. Esse trabalho possibilita a integração de diferentes disciplinas, áreas de estudo, tecnologias e ciências tudo em prol de uma educação sem limites. Colaboração mútua da formação de pessoas capazes de elaborarem opinião própria de determinado assunto, participando de trabalhos individuais e coletivos e na potencialização de interesses.
Ninguém é dono do saber, sendo assim, devemos estar sempre aliados a uma formação continua e colaborativa, onde a soma de experiências e opiniões resulta numa educação mais flexível e com isso de qualidade. Isto inclui pesquisas na internet, visita a blogs, sites e comunidades voltadas a esse mesmo interesse, pesquisando e deixando a sua contribuição. Estamos conectados a um novo mundo que pode ser muito útil ao nosso papel de verdadeiros educadores.
Cabe a nós educadores do século XXI, aceitar essa realidade e usar todas as ferramentas que temos a nosso favor. Projetos, tecnologias e colaborações podem tornar o nosso cotidiano educacional bem mais atrativo e prazeroso. Afinal, todos ainda temos muito que aprender.
Conceitos, currículo e TIC
Interagir currículo e tecnologia é hoje o foco de pesquisa e defesa de todos os estudiosos da área. Percebe-se uma preocupação coletiva em não permitir que os currículos escolares fujam a essa nova realidade. Não há como negar os benefícios alcançados nessa integração, potencializando mudanças na sala de aula bem como em todo ambiente educacional. Numa transformação da sala de aula para um ambiente de pesquisa, experiências e vivencias de projetos, de formação de cidadãos críticos e pensantes e de praticas com as tecnologias e mídias disponíveis.
As tecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano do ser humano, assim já são parte de um contexto social e cultural. A escola como formadora de cidadania, precisa inseri-las cada vez na sua realidade. O trabalho com projetos bem elaborados e objetivos definidos pode facilitar e possibilitar a integração entre currículo e tecnologia. Já que permitem uma participação coletiva e abrangente de diferentes públicos e contextualizam com cada realidade.
O ambiente escolar precisa cada vez mais ser atrativo e diversificado, despertar interesses e potencialidades. As tecnologias oferecem vários recursos para uma complementação de currículos. Os projetos nos permitem a integração pedagógica entre currículos e tecnologias. A educação pode dar um grande salto, os recursos para isso estão disponíveis no nosso cotidiano. Precisamos estudar, integrar e contextualizar esses recursos na realidade de cada ambiente escolar, e utilizá-los a favor de uma verdadeira educação ,não apenas de informação, mas de verdadeira formação.Plano de Aula Reelaborado
Aula: O Renascimento
Modalidade / nível de ensino: Ensino Fundamental Final
Componentes Curriculares: Artes, História, Literatura, Informática.
O que o aluno poderá apender com esta aula?
As influencias e transformações artísticas, científicas e literárias como produto de um tempo e das relações econômicas e sociais dentro do contexto de um momento histórico. Como montar apresentações em PowerPoint e Movie Maker. Produção de mostra em auditórios.
Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Power point e movie maker
Estratégias e recursos da aula
1º momento
Explicação da atividade a ser realizada e seus objetivos
2º momento
Breve conceituação sobre o renascimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm
http://pt.shvoong.com/humanities/history/1771448-renascimento/
3º momento
Divisão da turma em grupos para pesquisa livre na internet de imagens, textos e vídeos sobre o renascimento. Os principais artistas e suas obras, os textos literários e suas contextualizações históricas.
4º momento
Seleção e arquivo das obras a serem utilizadas.
5º momento
Trabalho coletivo no laboratório de informática para criação de apresentações em PowerPoint e/ou vídeos no Moviemaker, para posterior apresentação em auditório da escola.
6º momento
Produção e preparação da mostra dos trabalhos no auditório.
7º momento
Apresentação (mostra) dos trabalhos.
Recursos complementares:
Computador, internet, Datashow, equipamento de som, microfone, cd, dvd, pendrive.
Avaliação:
Qualitativa durante o processo, o interesse, desempenho e aplicação dos alunos nas atividades.